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UM PULSO DE UMA RAINHA É POSSIVEL COM A BULGARI

Cravejados de diamantes, os três modelos Serpenti, criados para celebrar os 130 anos da marca, desembarcam em Agosto em São Paulo

SÍMBOLO DE ETERNIDADE, feminilidade e prosperidade, a serpente mítica sempre esteve ligada às mulheres fortes da Roma antiga, de Afrodite a Cleópatra. Foi olhando para a história de sua cidade que a Bvlgari criou, no final dos anos 1940, sua joia mais icônica, o relógio Serpenti, para ser usado enrolado ao pulso. Inicialmente geométrico, o desenho ficou mais realista na década de 1960, com escamas na pulseira e a caixa do relógio escondida dentro da cabeça da cobra.Virou acessório inseparável de ElizabethTaylor,que já era fã da marca quando foi convidada por Hollywood para viver a rainha do Egito na superprodução que estreou em 1963.
Para comemorar seus 130 anos, a joalheria italiana criou uma série limitadíssima com três modelos luxuosos e design retrô. Apresentados na Biennale des Antiquaires, a tradicional feira de antiguidades realizada em Paris, desembarcam no País este mês para uma curta temporada. São três modelos feitos de ouro branco e rosa, diamantes e olhos de rubis, esmeraldas e malaquitas que ficam por aqui até agosto – e podem ser comprados.Ao invés de se enroscar no pulso em várias espirais, a nova coleção traz o Serpenti em performance de bracelete, com a cabeça elegantemente repousada sobre a ponta da cauda. O delicado relógio com movimento de quartzo suíço de alta precisão só é visto quando as mandíbulas estão abertas.

Se na década de 1960 o modelo que seduziu Liz Taylor tinha tudo a ver com a onda de hedonismo que varria o mundo, da música à moda, empoderando a juventude, o Serpenti desta coleção cápsula de alta-joalheria exibe presença forte e,ao mesmo tempo, vintage. Conversando com a mulher bem-sucedida do século 21, que brilha na carreira sem abrir mão da família e da vaidade. Performance de vanguarda e beleza em perfeito equilíbrio. Não por acaso, a estética representa um retorno à simbologia mágica, que tem tudo a ver com o feminino.
Os modelos altamente requintados são o ápice de uma linha extensa e variada dedicada à serpente, que virou assinatura da maison, cuja trajetória começou em 1884, com uma pequena loja na Via Sistina, em Roma, antes de mudar para a icônica Condotti e assumir o nome Bulgari, no final do século 19.Além de inspirar joias que são puro desejo – a exemplo do colar com mais de 74 quilates de diamantes que já ador- nou colos como os de Gisele Bündchen, Carla Bruni e Naomi Watts –, a linha Serpenti traz bolsas confeccionadas com tradicionais técnicas artesanais italianas de manuseio do couro. O fecho, em formato de cabeça de cobra, é forjado através do antigo método de fundição por cera perdida, cuidadosamente esmaltado à mão e finalizado com pedras semipreciosas destacando os olhos. Como não se sentir uma rainha do Nilo!