Em uma das coleções mais relevantes de sua carreira, Pimenta se aproxima cada vez mais do homem urbano e contemporâneo, com uma linguagem fresca e peças que são fantasiosas porém, ao mesmo tempo, geram desejo
A dualidade entre o bem e o mal foi o ponto de partida para a coleção de João Pimenta.
Um desfile todo elaborado em três cores: o branco representa o céu, o vermelho simboliza o inferno e o cinza, o espaço transitório entre ambos.
A mensagem por trás do desfile é que ninguém é bom ou mal o tempo inteiro. Temos nossos momentos e essa vulnerabilidade masculina veio representada com um sex appeal novo para o estilista, que usou de truques do styling para explorar esse lado.
Saem os ternos tradicionais, entram peças com recortes, amarrações e bordados. Telas bidimensionais, linho, texturas em jacquard, saias de diferentes comprimentos, rendas e amarrações leves e fluídas formaram uma coleção interessante, porém não linear.
Os ternos foram usados sem camisa por baixo e as calças, com formas amplas, prevaleceram na alfaiataria bem trabalhada.
“Começamos a pesquisa dizendo que: se deus é um blefe, o diabo também é. A brincadeira é quebrar essa história do bem e do mal”, explicou o estilista após o desfile.
Fotos: Zé Takahashi / FOTOSITE
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