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UM RESUMO DA HOMOSSEXUALIDADE NA VIDA DE ELIZABETH II

A modernização da realeza tem ficado, cada vez mais, evidente.

Um núcleo “fechado”, cheio de protocolos e tradições – assim é vista, por milhões, a realeza. Mas, afinal, como a homossexualidade é encarada, neste ambiente conservador? Melhor que ninguém, Elizabeth II tem aprendido a aceitar as mudanças e, desde cedo, conviveu com homens gays ou bissexuais na família.

George de Kent, tio paterno da monarca, é exemplo disso. Casou em 1934 com Marina da Grécia e Dinamarca, mas já mantinha, há cerca de 11 anos, um romance com Noël Coward, famoso dramaturgo. A relação terá durado mais oito anos, de acordo com o artista. A George, foram também associados outros nomes, como Anthony Blunt, Jorge Ferrara ou mesmo seu primo afastado, Luis Fernando de Prusia. O tio de Elizabeth II chegou também a ter amantes mulheres e acabou por morrer quando esta tinha 39 anos, num acidente de avião.

A própria mãe da rainha, Elizabeth Bowes-Lyon, habituou, desde cedo, a filha à presença de gays, cuja companhia lhe agradava particularmente. Desde Cecil Beaton a Benjamin Britten ou mesmo ao próprio Noël Coward, vários frequentavam a sua casa. E quando foi aconselhada a não dar emprego a homossexuais, Elizabeth chegou, alegadamente, a sugerir que, assim sendo, passassem a servir-se a si mesmos.

Elizabeth II veio a ter também vários amigos gays. Patrick Plunket, o seu secretário privado, foi exemplo disso, ou mesmo Michael Trestrail. Este último foi o seu guarda-costas por nove anos, até que, em 1982, se viu obrigado a desistir do cargo, após ser chantageado por um amante.

Em novembro de 2018, deu-se, contudo, um grande passo à frente na realeza: o primeiro casamento gay. Aconteceu entre Ivar Mountbatten, primo em terceiro grau da monarca britânica, e James Coyle. Foi testemunhado por várias caras conhecidas e serviu de “prova” para a grande transformação que se tem realizado, nos últimos tempos, na realeza.

William, Harry e Meghan, já de uma geração mais recente, têm também mostrado o seu apoio à comunidade LGBTQ+. “Ninguém deveria ser criticado pela sua sexualidade“, chegou a dizer o marido de Kate, em 2016. E assim se escrevem as primeiras linhas de uma longa história, que se prevê conturbada, mas cujo resultado não poderá ser outro que não o da igualdade e harmonia.